É impressionante como a possibilidade de uma má notícia consegue provocar uma dor (quase física) tão grande. Antecipar o sofrimento de alguém que amamos incondicionalmente dói tanto que interiormente desejamos poder trocar de lugar. Damos por nós a desejar que, como por magia, aquela pessoa consiga entrar numa redoma de vidro e, de repente, fique tudo bem. E se por acaso tivermos que aplicar a lei da compensação, então tudo o que poderá estar para vir pode ficar para nós. Não faz, nós aguentamos. Não somos fortes mas passamos a ser. Dobramos mas não quebramos. Porque, por amor, estamos dispostos a tudo pelo bem-estar de alguém. Desta vez, em princípio, está tudo bem. Mas esta foi, sem dúvida, a semana mais longa da minha vida.
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